A prática da atividade física, associada à alimentação saudável, visando o controle do peso corporal, são certezas na prevenção de doenças. Mas estudos recentes trazem dados mostrando que a quimioterapia e exercícios físicos melhoram os resultados do tratamento. Ademais, podem até evitar o reaparecimento do câncer.
Inegavelmente, são muitas as novidades na vida de uma pessoa que recebe o diagnóstico de câncer. Quimioterapia, radioterapia, sonda, cateter, remédios, queda de cabelo, diminuição da libido, enfraquecimento das unhas.
Já que as preocupações são diversas muitas pessoas acabam deixando a prática física de lado.
Benefícios da Quimioterapia e Exercícios Físicos
Pesquisas científicas sugerem que o exercício físico não somente é seguro durante o tratamento. Isto é ele também traz muitos benefícios para passar por essa fase com mais qualidade de vida.
De acordo com Regina Chamon, diretora médica do Instituto Quimioterapia e Beleza, “O exercício melhora o funcionamento do corpo, diminui a sensação de fadiga causada pela quimioterapia, diminui a ansiedade e aumenta a autoestima”.
Além disso, os exercícios também ajudam a manter a composição corporal adequada, ou seja, a distribuição entre músculos, gordura e ossos no corpo. Diminui também, a perda de massa muscular e mantem o coração funcionando bem.
Ao mesmo tempo, pesquisas ainda apontam que a prática física durante e após o tratamento pode diminuir o risco de recorrência do câncer.
Mesmo com todos esses benefícios, é muito importante que as pessoas em tratamento de câncer tenham cuidado redobrado durante os exercícios.
Frequência e intensidade
A frequência e a intensidade durante quimioterapia e exercícios físicos vão depender da condição física da pessoa. Levando em conta: a idade, se possui doenças pré-existentes e se é um indivíduo sedentário.
Sendo necessária prévia avaliação médica.
Sem duvida é de extrema importância que o paciente faça alguma coisa, ao passo que o exercício físico é uma intervenção barata e um ótimo remédio.
Conciliar um treino aeróbico, como uma caminhada, com treinos de fortalecimento muscular, auxilia muito no tratamento.
Em contra partida, não adianta querer fazer toda a atividade física que seu corpo nunca fez, muito menos de uma vez só. Se você era sedentário, comece com atividades leves e de pouca duração. Dez minutinhos por dia de uma caminhada leve, já está de bom tamanho.
A médica alerta também para a importância de sempre consultar um médico, pois cada caso é um caso. “Estar acompanhado por um bom educador físico e que tenha experiência em pacientes com câncer é fundamental”, afirma.
Além disso, um efeito colateral recorrente no tratamento da maioria dos cânceres é a fadiga.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos, entre 72 e 95% dos pacientes são afetados por esse cansaço extremo. O que pode resultar na diminuição significativa da qualidade de vida.
Estudos mostram que a prática diária de exercício pode diminuir a intensidade desse sintoma em até 50%.
O NCCN (National Comprehensive Cancer Network) dos Estados Unidos aconselha que o paciente comece num ritmo devagar. Ou seja, com uma caminhada de dez minutos ao redor do quarteirão, por exemplo.
Dependendo do ritmo e do conforto da pessoa, é possível aumentar o percurso para 20 ou 30 minutos.
O importante é que seja uma atividade diária.
Cuidados
Como todas as pessoas devem tomar cuidados antes de praticar uma atividade física. Durante a quimioterapia não é diferente. O paciente durante a quimioterapia e exercícios físicos deve estar atento a:
- Anemia severa: deve-se adiar o início das atividades, até que a anemia tenha melhorado.
- Imunidade baixa: evite fazer exercício em locais públicos ou com muita gente, até que sua imunidade tenha melhorado.
- Adioterapia: deixa a pele sensível, então, é prudente evitar piscinas com água clorada.
- Cateteres e sondas: cuidado com água da piscina, mar ou lago para evitar contaminação por micro-organismos indesejados. Também evite fazer exercícios de resistência nos grupos musculares próximo ao cateter ou sonda. Isso pode causar o seu deslocamento!
- Alteração da sensibilidade nos pés ou alterações no equilíbrio: a habilidade de fazer exercícios que utilizam as pernas pode estar reduzida. Prefira atividades como, por exemplo, bicicletas ergométricas, cujo risco de queda é menor.
- Pessoas com acometimento ósseo (lesões ósseas ou osteoporose): as atividades devem ser orientadas a fim de evitar quedas ou lesões.
Conclusão
A quimioterapia e exercícios físicos só trazem benefícios a sua saúde. Enquanto a quimioterapia tenta acabar com o câncer, os exercícios fortalecem o seu corpo e aumentam suas chances de cura.
Porém, você deve ficar atento ao tipo de exercício e sua frequência, como também a sua saúde. As particularidades de cada tratamento devem ser acompanhadas por um especialista.
Este artigo foi útil para você? Deixe seu comentário e compartilhe com seus amigos nas redes sociais